O Brasil poderá adotar pela primeira vez, nos estados, a compartimentação de suínos, para vir a ser considerado livre de febre aftosa sem vacinação e da peste suína clássica.
A primeira reunião do grupo de trabalho criado para fixar normas destinadas à implantação da compartimentação de suínos aconteceu nesta semana, junto ao Ministério da Agricultura, em Brasília. O grupo terá prazo de seis meses, prorrogáveis por mais seis, para propor as normas. A coordenação do GT será feita pelo Departamento de Saúde Animal do ministério.
Mato Grosso e Rio Grande do Sul já manifestaram interesse na implantação da compartimentação de suínos. A adoção do sistema está prevista para até um ano e meio e será voluntária. Para tanto, será iniciado projeto piloto. Com isso, as propriedades de engorda de suínos, unidades de genética e frigoríficos se tornam reconhecidos como protegidos contra risco eventual dessas doenças. A proposta partiu do setor produtivo de Mato Grosso. Já existe compartimentação por parte de empresa privada.
A compartimentação elimina riscos geográficos, pois cada granja é um compartimento livre de determinada enfermidade, e, em caso de surto de doença em um estado ou região, facilita a manutenção da exportação e o comércio interno. Também possibilita a negociação de mercados mais exigentes em relação à condição sanitária livre de febre aftosa sem vacinação.
Fonte: MAPA