03 set de 2021
Brasil – Transportes – Bamim assume a Fiol e constrói um novo corredor de logística para o Brasil

Após a assinatura do contrato de concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL com o Governo Federal, a BAMIN vai retomar a construção, até então administrada pela Valec. A ferrovia é fundamental para a consolidação de um novo corredor logístico de exportação para a Bahia e o Brasil e promoverá um novo ciclo de crescimento regional da mineração e do agronegócio

Da esquerda para direita: Benedikt Sobotka, CEO Eurasian Resources Group; Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT, ministro da Infraestrutura (assinando), Tarcísio Gomes; Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN e André Kuhn, presidente da Valec – Crédito: Olhos de Lince Filmes

A FIOL foi arrematada em leilão do Ministério da Infraestrutura, em abril, na B3, em São Paulo. Para concluir a construção da ferrovia, o investimento da BAMIN será de R﹩ 3,3 bilhões, sendo R﹩ 1,6 bilhão em obras civis e R﹩ 1,7 bilhão em material rodante, como vagões e locomotivas. A subconcessão tem a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30 anos para exploração.

Quando concluída, a FIOL terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas por ano, com o BAMIN utilizando apenas um terço desse potencial. Dois terços dessa capacidade estarão disponíveis para outras mineradoras, agronegócio, e todos os demais setores que precisarem escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos agrícolas.

Para a BAMIN, a importância da FIOL é dupla, pois faz parte de um projeto de logística integrada que liga a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, ao Porto Sul, que está sendo construído em Ilhéus. A mineradora começou a produzir minério de ferro neste ano e deve movimentar 1 milhão de toneladas. Quando o Porto Sul e a FIOL forem concluídos, até 2026, a BAMIN será capaz de produzir 18 milhões de toneladas por ano.

Próximos passos

Assim que o acordo for assinado, a empresa terá 120 dias para entender o andamento da obra, e avaliar outras questões relacionadas. Será uma fase preliminar para a elaboração do plano de retomada das obras civis previstas para o segundo semestre de 2022.

A retomada da construção gera expectativas de desenvolvimento, seja no âmbito federal, pelo que a FIOL representa em termos de fortalecimento do modal ferroviário e ganhos para o comércio exterior brasileiro, seja no âmbito local, nos 20 municípios que estão ao longo do traçado da nova ferrovia.

A BAMIN prevê instalar mais de 30 pátios de carga ao longo da rota, criando oportunidades para os produtores regionais, potencializando as cadeias produtivas instaladas ao longo do caminho. Por onde a FIOL passar, possibilitará novos negócios, arrecadação de impostos, geração de empregos e renda. O Ministério da Infraestrutura estima a geração de 55 mil empregos diretos e indiretos com a construção da ferrovia, em cinco anos.

Impulso para minério e agronegócio

A importância da FIOL vai muito além da BAMIN, beneficiando toda a mineração baiana, que possui inúmeras outras empresas do segmento, ao alcance da ferrovia. É também um grande incentivo para o agronegócio, reduzindo custos, motivando novos e maiores investimentos. “A Mina Pedra de Ferro, Porto Sul e agora a FIOL, que a BAMIN está desenvolvendo na Bahia, constituem um marco histórico de transformação para a economia, para o orgulho e a autoestima da população do estado e de todos os brasileiros. Estamos construindo um novo corredor logístico para integrar o Oeste com o Leste do Brasil, com um novo e importante corredor de exportação. Tanto a FIOL quanto o Porto Sul certamente contribuirão para o crescimento e o desenvolvimento sustentável da região. O estado da Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional, tornando-se também o terceiro maior produtor de minério de ferro do país, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando a qualidade de vida de sua população”, afirma Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN.

Para a Associação de Agricultores e Irrigantes – Aiba, a FIOL é muito bem-vinda, pois o novo modal vai reduzir os custos de transporte. A estimativa da entidade é conseguir embarcar mais de 10 milhões de toneladas de grãos e fibras anualmente. “Porém, há uma grande quantidade de carga ainda não dimensionada nas áreas da pecuária, piscicultura, madeira, celulose e fruticultura, com a expansão da área de cacau no Oeste, e de banana, em que a Bahia é o maior produtor do país”, diz Odacil Ranzi, presidente da Aiba.

Uma ferrovia em três etapas

A FIOL foi planejada em três etapas. A BAMIN arrematou em leilão o Trecho 1, que conecta as cidades de Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité.

Com mais dois trechos a serem construídos futuramente, a FIOL terá um total de 1.527 km, chegando ao Tocantins onde poderá ser conectada à Ferrovia Norte-Sul. O projeto do trecho 2 vai de Caetité a Barreiras e o terceiro trecho vai até o Tocantins, na cidade de Figueirópolis.

Vasta experiência em ferrovias

Para a gestão da FIOL, a BAMIN já conta com profissionais experientes contratados no setor ferroviário. A empresa conta ainda com a expertise do Grupo do qual faz parte, o Eurasian Resources Group – ERG.

Com operações em 15 países, empregando mais de 75 mil pessoas, o Grupo ERG é uma das maiores empresas globais em mineração e em metais. É também a maior operadora de transporte da Ásia Central, com vasta experiência em ferrovias. A empresa movimenta mais de 50 milhões de toneladas de cargas anualmente, utilizando 10 mil unidades próprias de transporte. O tamanho da frota exige uma capacidade de manutenção e reparo de 2.500 vagões por ano e mais de mil manutenções por ano nas locomotivas.

Toda a experiência do Grupo já está sendo compartilhada com o Brasil, por meio da FIOL, que será um grande impulsionador do desenvolvimento, segundo Benedikt Sobotka, CEO do Grupo ERG. “Sabemos que em todo o mundo, onde quer que seja construída uma ferrovia, ela incentiva o desenvolvimento sustentável das cidades por onde passa. As pessoas experimentam prosperidade e as esperanças se tornam realidade. Temos certeza que a FIOL fará a integração necessária para gerar oportunidades e riquezas, unindo ainda mais o Oeste ao Leste do Brasil. Estamos aqui há dezesseis anos, acreditando no potencial do Brasil e na capacidade do povo brasileiro”. O Grupo ERG é afiliado a organizações internacionais líderes para o desenvolvimento de práticas sustentáveis de mineração e logística.

Porto Sul viabiliza corredor de integração logística e de exportação

Em construção em Ilhéus, o Porto Sul está sendo construído em parceria com o Governo do Estado. O novo porto é parte fundamental para permitir, junto com a FIOL, a criação de um corredor logístico de exportação, conectando uma região produtora ao mercado externo.

A BAMIN vai exportar sua produção, compartilhando a capacidade do porto também para outras cargas – como grãos, fertilizantes e outros minerais. Será um porto de águas profundas e deve ser o primeiro do Nordeste a receber navios com capacidade de até 220 mil toneladas. Deve ser construído até 2026, concluído ao mesmo tempo em que a FIOL.

Fonte: EGO COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA

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