Brasil – Transportes – Sudeste segue liderando as ocorrências de roubo de carga em 2025
Relatório de “Análise de Roubo de Cargas” da nstech evidencia necessidade de atenção ao Estado do Rio de Janeiro, que aumentou 7,4 p.p o prejuízo no primeiro trimestre de 2025, com 25,4%;
O estudo também aponta aumento de 16,8% para 45,2% nos roubos noturnos; quinta-feira como o dia mais perigoso, além de rotas e rodovias mais críticas;
O roubo de cargas no Brasil é um dos maiores desafios para a logística e para o transporte de mercadorias, impactando diretamente a economia e a segurança das operações. De acordo com dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 2024, o país perdeu mais de R$ 1,2 bilhão em mercadorias roubadas, o valor representa um aumento de 21% em relação a 2023. Para ajudar o setor logístico na tomada de decisões embasadas em informação de qualidade, a nstech, empresa líder em software para supply chain na América Latina e pioneira em open logistics, atua com o propósito de promover estradas mais eficientes e seguras e divulga report de “Análise de Roubo de Cargas” referente ao primeiro trimestre de 2025.
Das regiões mais afetadas, o Sudeste segue liderando o ranking com 72%, porém com queda de 5,8 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2024. Na região, 48,6% do total de prejuízo de 2025 foi relativo a cargas fracionadas e 44,4% em operações de transporte de alimentos. São Paulo (36,7%) e Rio de Janeiro (25,4%) são os estados com maior número. Enquanto o primeiro reduziu o prejuízo em 9,8 p.p em relação ao mesmo período do ano anterior, o segundo aumentou em 7,4 p.p.
O estudo também analisou os primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025: a respeito das regiões, observa-se uma diminuição da concentração no Sudeste: de 83,2% em 2023 para 72% em 2025, indicando uma dispersão maior dos prejuízos para outras regiões. Em contrapartida, nota-se aumento na vulnerabilidade do Nordeste e Sul: de 7,5% para 20,3% no Nordeste e de 4,6% para 7,6% no Sul na comparação entre 2023 e 2025, mostrando que essas regiões estão se tornando mais afetadas.
Já nos Estados, São Paulo reduziu seus números de 48,8% em 2023 para 36,7% em 2025, o Maranhão aumentou de 0,9% para 11,3% na comparação entre 2023 e 2025, indicando aumento da vulnerabilidade nesse estado.
Em 2025, os números, obtidos pelas três gerenciadoras de risco do grupo – BRK, Buonny e Opentech –, reforçam que as cargas fracionadas são as mais visadas com 44,1% do prejuízo total no primeiro trimestre de 2025. Ainda assim, o segmento registrou queda de 14,1 p.p. se comparado ao mesmo período de 2024. São alvo preferencial dos criminosos, especialmente em operações urbanas e noturnas. A concentração de ocorrências no Sudeste, com 79,4% do prejuízo, especialmente em São Paulo (49,9%) e no Rio de Janeiro (18,5%), demonstra a vulnerabilidade na região. Produtos alimentícios compõem o segundo lugar do ranking com 36,6%. No mesmo período de 2024, o percentual foi de 24,5%. Já os eletrônicos representam 8,1% contra 4,5% do mesmo período de 2024.
Com base na análise dos primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025, houve redução no prejuízo por roubo nas cargas fracionadas: de 52% em 2023 para 44,1% em 2025, indicando possibilidade de diminuição relativa na vulnerabilidade desse segmento. Além do crescimento no valor sinistrado nas cargas de alimentos e eletrônicos, refletindo uma diversificação dos alvos dos criminosos.
Estudo também detalha períodos mais perigosos, além de rotas e rodovias críticas
No geral, as quintas-feiras foram as mais críticas para o transporte de cargas. Neste dia da semana, o Sudeste acumulou a maioria dos prejuízos, chegando a 74,5% do total. Em relação a 2024, foram registrados aumentos nos problemas por roubo de cargas às quintas, segundas, sextas e sábados. Destaque para o domingo, que reduziu de 10,7% para 5,5% a sinistralidade.
A análise comparativa dos primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025, indica um aumento expressivo dos prejuízos à noite: de 15,6% em 2023 para 45,2% em 2025, mostrando que os criminosos estão atuando mais intensamente durante o período noturno. As quintas e segundas continuam sendo os dias mais críticos, mas há aumento na vulnerabilidade às sextas e sábados, indicando uma maior atuação dos criminosos também nesses dias.
Sobre a região dos roubos, as áreas urbanas ocupam a liderança do ranking com 29,1% dos prejuízos. A posição se manteve, porém o percentual caiu em relação ao primeiro trimestre de 2024, quando somava 39,9% do total sinistrado. A respeito das rodovias, na BR-316, onde ocorreram 11,3% dos prejuízos por roubo de cargas no primeiro trimestre de 2025, diferentemente do padrão, os principais alvos foram as cargas de eletrônicos (44,8%), higiene e limpeza (36,8%) e defensivos agrícolas (18,4%).
A BR-116 também costuma aparecer entre as mais críticas para o transporte de cargas. No primeiro trimestre de 2025 ficou em segundo lugar entre as rodovias, com 8,3% do total – percentual abaixo do registrado em 2024 (9,7%). Os sinistros com cargas fracionadas somaram 73,2% do total.
“A nível nacional, o cenário não é animador, no entanto, as operações monitoradas pela nstech representaram resultados positivos. Devido aos constantes investimentos em pessoas, processos e tecnologia, nossos clientes tiveram uma redução de 32% da taxa de sinistralidade no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2023”, reforça Thiago Azevedo, diretor de Cadastro na nstech.
O produto que impacta diretamente neste número é uma solução de checagem de motoristas e veículos, que unifica dados de bases mais robustas do país, o Cadastro Unificado. A companhia investiu mais de R$ 100 milhões no desenvolvimento da ferramenta de 2023 a 2025. A solução em questão aplica inteligência artificial e machine learning para análise de motoristas e veículos, utilizando os dados dos 3 maiores players do gerenciamento de risco do mercado. Com isso, transportadoras, embarcadores e seguradoras podem mitigar riscos sem comprometer a fluidez de suas operações.
Sobre a nstech:
A nstech é a maior empresa de software para supply chain da América Latina e pioneira na categoria plataforma Open Logistics. Reúne mais de 100 soluções que hoje atendem cerca de 75 mil clientes do setor, incluindo as maiores empresas do mundo. Centrada na resolução das dores de todo o ecossistema logístico, oferece tecnologias completas e modulares para que as empresas possam evoluir seus negócios, crescer mais gastando menos, fazer entregas mais eficientes e impactar a sociedade ao reduzir a emissão de CO2, acidentes e roubos.
A companhia está presente em 15 países — Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, EUA, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. E impulsiona as empresas para o futuro da logística através da construção de “Logistics Advantage”, fazendo o mundo funcionar melhor para todos.