17 jan de 2015
Brasil – Veja os 5 maiores desafios para a economia global em 2015

Os principais obstáculos que a economia global deverá enfrentar neste ano vêm de países-chave para o crescimento global. As duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, preocupam por razões diferentes. Enquanto a China sofre com a desaceleração econômica, nos EUA a recuperação pós-crise cria expectativas sobre a primeira alta de juros depois de 2008.
Uma taxa mais elevada nos EUA tende a levar os investidores a tirar dinheiro de outros mercados –como o Brasil– e investir no país. O BC americano, no entanto, ainda não tem certeza se a situação do mercado de trabalho e os índices de inflação criam condições para a elevação dos juros.

A Rússia, com sua possível recessão em 2015, e a deflação que atinge a zona do euro também contribuem para o cenário, coroado pela queda no preço do petróleo, o que atinge a balança comercial de vários países produtores.

Russa fala ao telefone enquanto painel de banco mostra cotação do rublo em dezembro.

1º Recessão na Rússia

A economia russa deve passar por uma recessão ou ter um crescimento fraco em 2015. Antes mesmo da queda dramática do rublo em dezembro, o banco central russo já previa uma retração de 4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado. Para ajudar a estabilizar a moeda, a instituição aumentou os juros de 10,5% a 17%. A desvalorização do rublo, a inflação de 9,1% em novembro de 2014 na comparação anual e os juros altos são problemas para consumidor russo que, em 2015, deve cortar os gastos pela primeira vez desde 2004.

Bomba de extração de petróleo em fazenda no Texas, nos Estados Unidos.

2º Queda do petróleo

A cotação do petróleo tipo Brent, em Londres, que no início de 2014 estava acima de US$ 100, chegou a US$ 60 no final de dezembro. A queda do preço do petróleo, vista normalmente como algo positivo para a economia global porque diminui os custos dos negócios, está afetando Rússia, Venezuela e Irã, que precisa do produto para equilibrar suas contas. A retração também afeta o setor de gás de xisto nos Estados Unidos, que perde competitividade.

Funcionária altera preços em supermercado de Hefei, província de Anhui, na China; inflação ao consumidor foi de 2% em 2014.

3º Desaceleração na China

O desempenho da China será crucial para o crescimento da economia global neste ano. O país teve um 2014 difícil, com a tentativa de enxugar os excessos de crédito após estratégia adotada durante a recessão de 2008. As restrições já começaram a ocorrer e é certo que o crescimento do país será o menor que no ano passado: a dúvida é quanto menor. Uma desaceleração do mercado chinês afeta o resto do mundo por causa da representatividade das exportações para o país e também porque, com seus produtos mais baratos, a China deve levar deflação para o resto do mundo.

Pessoal a procura de trabalho fazem fila para evento que reúne empresas com vagas em Los Angeles.

4º Estados Unidos

Este ano será muito importante para a presidente do Fed (banco central dos EUA), Janet Yellen. O foco dos investidores em 2015 será o momento da primeira alta na taxa dos juros desde a crise financeira. As taxas têm estado em um patamar entre zero e 0,25% desde dezembro de 2008, mas a economia ganhou fôlego nos últimos meses, o que levou o Fed a encerrar seu programa de estímulos em outubro. A especulação sobre a primeira elevação da taxa em seis anos terá repercussões no mundo todo e investidores vão analisar as declarações da instituição em busca de qualquer mudança que possa indicar quando o aumento virá.

Consumidor deixa loja de eletrônicos em Athenas, Grécia; país vive meses consecutivos de deflação nos preços.

5º Crise na zona do euro

A crise europeia continua e há razões para se acreditar que ela não cessará em 2015. No ano passado, o euro foi marcado por uma recuperação falha e níveis de deflação preocupantes. Nenhum desses problemas acabou, com a o crescimento de 0,2% no terceiro trimestre de 2014 na comparação com o segundo trimestre e uma taxa de inflação de 0,2% em dezembro. A Grécia e a Espanha já estão presos na deflação e há preocupação de que isso se espalhe pelo resto da região. O temor é que, se os preços continuarem a cair, empresários e consumidores adiarão seus planos de gastar enquanto esperam que os valores diminuam ainda mais.

 

Com informações da Folha.com e do CDL Barreiras

 

 

Oferecimento:banner da barreiras cartuchos

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856