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POR CARLA ARANHA E FERNANDO MARTINHO
Pelo menos uma vez por ano, a produtora de chocolate artesanal Luisa Abram vai para o Acre e outros Estados da região Norte. A viagem não é um simples passeio: Luisa se embrenha na Amazônia em busca de cacau selvagem, cultivado por comunidades ribeirinhas. A produtora costuma treinar os agricultores para ter uma boa qualidade nos processos de fermentação e secagem das amêndoas. O cacau chega em grandes sacos de juta na fábrica em São Paulo, onde são produzidos os chocolates da marca Luisa Abram.
Depois de torrados, no forno, seguem para o separador de cascas – a engenhoca foi criada pelo pai de Luisa, engenheiro. “O processo poderia ser feito manualmente, mas com a máquina ganho mais tempo. Como ainda há poucos produtores artesanais de chocolate, não existem equipamentos específicos para a atividade disponíveis no mercado”, diz.
Já sem a casca, o cacau é colocado em um moinho, onde fica girando por 48 horas até formar uma massa pastosa, e recebe açúcar orgânico. No terceiro dia, vai para a temperadeira para equilibrar os sabores. Depois, é só ficar de 40 minutos a uma hora na geladeira.
A produção este ano deve chegar a 800 quilos, quase o triplo de 2015. “As pessoas estão cada vez mais procurando chocolates feitos de maneira especial”, diz Luisa. A marca está presente em 25 pontos de venda, em São Paulo e no Rio de Janeiro, como a Casa Santa Luiza, Eataly, Empório Santa Maria e a rede Mundo Verde. “O crescimento tem sido expressivo”, diz Luisa.
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