18 ago de 2014
Mundo – Divulgadores serão os últimos a receber da Telexfree, diz revista.

A Ympactus Comercial, que representa a Telexfree no Brasil, já começou a pagar suas dívidas, de acordo com reportagem do site da revista “Veja” publicada neste domingo (17). A prioridade do pagamento, no entanto, não é para os divulgadores, e sim para a dívida tributária com a União.

Procurada pela reportagem do UOL, até a publicação deste texto a Ympactus não tinha se posicionado em relação ao assunto.

Os divulgadores, ao adquirirem as chamadas “cotas” na Telexfree, tornaram-se clientes da empresa, e não funcionários. Isso os coloca no fim da fila para receber o dinheiro devido.

Segundo o procurador-chefe da Procuradoria da Fazenda do Espírito Santo, consultado pela “Veja”, não existe vínculo empregatício entre os divulgadores e a Telexfree.

Portanto, eles serão os últimos a receber o que a empresa deve. Pela lei, a prioridade de pagamento é da dívida tributária federal, a não ser que haja alguma dívida trabalhista.

Dívida com o governo

Segundo documentos obtidos pela revista, a Ympactus deve R$ 178 milhões em impostos; deste montante, R$ 65 milhões já foram pagos para a Receita Federal.

Ainda segundo a “Veja”, a Ympactus tentou recorrer do pagamento, alegando ter um crédito de R$ 100 milhões com a Receita, por impostos pagos indevidamente. A União negou.

Considerando apenas os bens bloqueados pela Justiça do Acre, R$ 152 milhões estão em nome da Ympactus. O restante está em nome dos sócios.

Se a dívida tributária da Ympactus for paga apenas com os bens da empresa (que é a titular da dívida), os outros R$ 26 milhões que faltam podem ser descontados dos bens dos empresários ligados à Telexfree.

Entenda o caso

A Telexfree vende planos de minutos de telefonia pela internet (VoIP) e é acusada nos EUA de praticar pirâmide financeira. A empresa também é investigada no Brasil e está proibida de operar desde junho do ano passado.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial (antiga concordata) dois dias antes da acusação de formação de pirâmide. Seus bens foram congelados nos Estados Unidos e a empresa foi impedida de operar.

A formação de pirâmide financeira é uma modalidade considerada ilegal porque só é vantajosa enquanto atrai novos investidores. Assim que os aplicadores param de entrar, o esquema não tem como cobrir os retornos prometidos e entra em colapso. Nesse tipo de golpe, são comuns as promessas de retorno expressivo em pouco tempo.

A empresa nega qualquer irregularidade em suas operações.

 

Fonte: UOL e do site: www.ioeste.com.br

 

 

 

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