21 jul de 2014
Mundo – Usamos apenas 10% do cérebro? Cientistas dizem que é um mito e que usamos o órgão inteiro, o tempo todo!

Professora de Cambridge sugere que o mito foi criado por neurologistas norte-americanos para favorecer a indústria do conceito de auto-ajuda.

Dizem que uma mentira contada mil vezes se torna verdade. De acordo com os cientistas, é exatamente isso que aconteceu com o mito de que o ser humano utiliza apenas 10% de seu cérebro na realização de atividades diárias.

Curiosamente, o novo filme de Scarlett Johansson, chamado ‘Lucy’, é baseado totalmente nesta falácia popular, no qual sua personagem aprende a usar a capacidade total de seu cérebro. A ficção científica, com previsão de lançamento no próximo mês, trará a personagem de Johansson usando seu recém-descoberto poder cerebral para desenvolver reflexos rápidos e até mesmo o controle do tempo.

No filme, dirigido por Luc Besson, Morgan Freeman interpreta um neurocientista que chega a reforçar o mito de que os seres humanos utilizam apenas 10% da capacidade cerebral, tendo como objetivo estimular o uso total do órgão. “Imagine se pudéssemos utilizar 100% de nossa capacidade cerebral. Coisas interessantes poderiam acontecer.”, diz seu personagem em uma das cenas.

Porém, ao contrário da ficção, neurocientistas da vida real ficaram impressionados com a “venda do mito” na telinha. Barbara Sahakian, professora de neuropsicologia clínica na Universidade de Cambridge, disse que a ideia de que só usamos uma pequena porcentagem do nosso cérebro “não faz qualquer sentido”. Segundo Sahakian, todo o cérebro está ativo e em uso constantemente. “Os neurônios, células nervosas envolvidas no pensamento, estão sempre fazendo alguma coisa. Diferentes regiões do cérebro são usadas para muitas funções corporais, tais como ver, ouvir, falar e controlar os músculos”, explica.

A neurocientista acredita que o mito de que apenas 10% do órgão é usado, foi simplesmente inventado pelos primeiros psicólogos, antes mesmo dele se tornar popular com o livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, lançado em 1936.

Sam Wang, um neurocientista da Universidade de Princeton, nos EUA, supõe que o mito foi perpetuado pela indústria do conceito de auto-ajuda. “As pessoas gostam de acreditar no mito dos 10%, para que elas possam ter uma esperança de auto-aperfeiçoamento, além do desafio de trabalhar duro para ‘expandir a mente’”, sugere Wang.

Esse falso conceito é levado em conta por 65% dos norte-americanos, de acordo com uma pesquisa realizada em 2013 pela Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s, 5% a mais do que a crença na teoria da evolução.

 

Fonte: DailyMail Foto: Reprodução / uc.wisc.edu

 

 

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