26 jun de 2014
Mundo – Variações no Hemisfério Ocidental pode estar dando indícios do início da inversão do campo magnético da Terra

O campo magnético da Terra é um escudo protetor da radiação cósmica, mas também é um mistério, pois os cientistas não sabem ao certo porque ele se move e como ocorrem as mudanças na sua intensidade.

Agora, o primeiro conjunto de resultados em alta resolução, a partir do conjunto de 3 satélites chamado Swarm, e com dados de outros três da ESA, revela que o campo está realmente ficando mais fraco, ainda que minimamente.

Medições feitas ao longo dos últimos seis meses confirmam a tendência geral de enfraquecimento do campo, com variações decrescentes mais dramáticas sobre o Hemisfério Ocidental.

Os astrônomos mediram as mudanças no campo magnético da Terra de janeiro a junho de 2014. Estas são baseadas nos sinais magnéticos que se originam a partir do núcleo do planeta: na imagem abaixo, tons de vermelho representam áreas de fortalecimento, enquanto as azuis mostram áreas de enfraquecimento, medidos em nanotesla.

O Pólo Magnético Norte tem se movido há aproximadamente 100 anos desde que as medições começaram. Apesar de sua nomenclatura, não fica no mesmo lugar que o Pólo Norte geográfico. Tendo começado no Ártico canadense, agora, está se movendo para a Sibéria, movimentando-se 60 quilômetros por ano, o que vem desacelerando nos últimos tempos. Agora, a razão para o seu movimento é desconhecida.

Nos próximos meses, os cientistas vão analisar os dados para desvendar as contribuições magnéticas provenientes de outras fontes, ou seja, o manto, a crosta, os oceanos, a ionosfera e a magnetosfera. Isto irá proporcionar uma nova visão sobre muitos processos naturais, desde aqueles que ocorrem profundamente dentro de nosso planeta, como a meteorologia espacial desencadeada pela atividade solar.

Por sua vez, esta informação irá produzir uma melhor compreensão de por que o campo magnético está enfraquecendo. “Estes resultados iniciais demonstram o excelente desempenho do Swarm”, disse Rune Floberghagen, Gerente da Missão Swarm da ESA. “Com uma resolução sem precedentes, os dados também apresentam a capacidade para mapear recursos numa escala bastante precisa”.

A Missão Swarm é composta por três satélites idênticos que medem, com precisão, a força e a direção do campo magnético da Terra. Os novos dados estão sendo processados pelo Serviço Geológico Britânico para produzir um mapa preciso deste campo. A fim de melhor medir o campo, os satélites orbitam em uma configuração única com dois satélites lado a lado na altura de 450 km, enquanto que o terceiro satélite fica em uma altitude de 530 km.

Os dois satélites mais baixos permitem medições muito finas do campo magnético gerado pelas rochas na crosta da Terra, que são difíceis de detectar de longe. O satélite superior dá uma medição simultânea só que em uma localização diferente.

A agência disse que o campo é particularmente fraco sobre o Oceano Atlântico Sul, conhecido como o Atlântico Sul Anômalo. Muitas falhas são causadas por esta anomalia, fazendo com que os satélites fiquem expostos à forte radiação quando fazem a varredura nessa área.

Alguns especialistas acreditam que o enfraquecimento global anuncia a reversão do campo magnético da Terra, onde o norte se torna sul e vice-versa. Este é um processo que já era cogitado antigamente e sabia-se que levaria centenas de milhares de anos para se completar.

Além de entender o nosso mundo melhor, os cientistas acreditam que as medidas obtidas pelo Swarm terão grandes aplicações no planeta, incluindo a melhoria da precisão dos sistemas de navegação, a previsão de terremotos mais avançada e melhor eficiência na extração de recursos naturais.

 

Com informações do Jornal Ciência e do site: www.ioeste.com.br

 

 

 

 

 

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