30 out de 2015
Oeste – CONTRADIÇÃO – Produtores do oeste da Bahia vão a Salvador em busca da recuperação de estradas da região e ouvem informações contraditórias

Por Antônio Oliveira

Agricultores da região da Coaceral, nos cerrados da Bahia, liderados pelo presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Julio Busato, estiveram nesta quarta-feira, 28, com o secretário de Infraestrutura do Estado, Marcus Cavalcanti, na Capital baiana.


Produtores dos cerrados baianos reúnem-se com o Secretário de Infraestrutura da Bahia. (Foto: Divulgação)

Eles, depois que fizeram um movimento de interdição da BR-135, em Formosa do Rio Preto, nesta região, foram em busca de um posicionamento sobre a paralização das obras da BA-225, que liga este município à região produtora da Coaceral e que se encontra praticamente intransitável e, ainda, solicitar a recuperação da BA-459 (Anel da Soja), quase nesta mesma condição. Acompanharam os produtores na audiência os deputados estaduais, representantes da região, Antônio Henrique Junior e Eduardo Salles.

Ouviram do secretário Cavalcanti que a empresa vencedora da licitação desistiu do serviço, mas que a Seinfra já começou os trâmites burocráticos para convocar a segunda colocada.

Sobre o Anel da Soja, o secretário informou que não conseguiu o financiamento do BNDES, mas que encomendou um estudo para fazer melhorias emergenciais enquanto tenta viabilizar recursos em outro agente financeiro e realizar as obras de recuperação completa.

O deputado Eduardo Salles se comprometeu com a agilidade dessas obras.

– Eu e Antônio Henrique Junior nos dispomos a tentar na Procuradoria Geral do Estado (PGE) agilizar esse processo, disse ele.

Contradição

As informações do Secretário de Infraestrutura da Bahia são contraditórias. A cerca de dez dias, procurada pela redação de Cerrado Rural, sobre as condições precárias em que se encontra toda a malha viária dos cerrados baianos, para matéria de capa de sua versão impressa (veja versão on line da matéria clicando aqui), a Secretaria, por meio de sua superintendente de Logística de Transporte, Maria Amélia Pompeu do Amaral, nos enviou a seguinte nota:

“O Governo da Bahia está em fase final de negociação de um contrato de empréstimo com o Banco Mundial no valor de U$300 milhões. Parte importante do valor será investida na região Oeste, com o objetivo de reduzir os custos logísticos da produção, assim como garantir o deslocamento seguro de cargas e de pessoas da região.

Estão previstos investimentos nas rodovias BA-459 (trecho compreendido entre as BA-460 (Placas) e BA-454 (para Formosa do Rio Preto); BA-459 (da BA-454 até BR-242

(Anel da Soja); BA-460 (da BR-242 à BA-459 (Placas), além das BA-225 (de Formosa do rio Preto à Coaceral) e BA-463, de São Desidério à BR-020 (Roda Velha), totalizando mais de 400 km de recuperação e manutenção de estradas.

A SEINFRA já está contratando os projetos de engenharia relativos a esses trechos. Assim que o Governo Federal autorizar a contratação do empréstimo junto ao Banco Mundial serão licitadas as obras no modelo CREMA, o que significa que além dos investimentos na recuperação desses trechos rodoviários, a empresa contratada deverá fazer a manutenção durante 5 anos.

Em relação à PPP do Sistema Estrada do Feijão, que envolve a concessão administrativa de toda a BA-052, além de trechos das BA-148, BA-432 e BA-160, a SEINFRA já está desenvolvendo os estudos de engenharia, ambiental e econômico-financeiros, que estarão finalizados em abril de 2016. A concessão desse sistema, na modalidade PPP administrativa – onde o Estado assume todos os pagamentos feitos à Concessionária, vai permitir o aumento do nível de qualidade dessas rodovias e a sua manutenção adequada por um prazo estimado em dos 10 anos.”

Como o Secretário diz agora que não tem recursos em vista? Ou será que parte desses recursos não vira para o oeste da Bahia?

(Com informações da Ascom/Aiba)

 

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