08 ago de 2022
Oeste da Bahia – Grande adesão de competidores e público marcam o retorno da Corrida do Algodão em 2022

Profissionais e amadores, atletas olímpicos e iniciantes; crianças e pessoas para quem as limitações do próprio corpo são só um mais um obstáculo a ser superado. A diversidade marcou a quarta edição da Corrida do Algodão, realizada, no dia 06 de agosto, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Foram mais de mil atletas disputando as provas e outras cerca de duas mil pessoas na torcida, em uma programação que reuniu esporte, cultura e muita informação. A edição de 2022 marcou o retorno da prova ao calendário esportivo do estado, depois de dois anos sem ser realizado, por conta das restrições da pandemia da Covid-19. Além do apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), do Fundeagro e da Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães, a Corrida do Algodão contou com o patrocínio de 33 empresas, que acreditaram no projeto.

“Esta foi a primeira experiência pós pandemia, e a adesão de atletas e público foi impressionante. A corrida impressiona pela estrutura que tem e pela expectativa das pessoas em estar aqui.  O evento serve de motivação e anima a sociedade, estreitando vínculos entre o campo e a cidade”, afirma o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, destacando a importância da cotonicultura para a região Oeste da Bahia, como vetor de melhoria de qualidade de vida, pela geração de emprego, renda, e investimento em áreas como logística, educação, capacitação profissional e meio ambiente.

Se o tamanho dos circuitos não foi um problema para os competidores, o fato de ser uma prova realizada a mil quilômetros da capital baiana, Salvador, e a cerca de 600 de Brasília tampouco foi um complicador. A Corrida do Algodão já faz parte da agenda de competidores que moram em outros estados, como a atleta olímpica e dona de cinco pódios na São Silvestre, a alagoana Marily dos Santos, de 44 anos. Ela faturou o segundo lugar, na sua categoria, na prova do cerrado baiano. Marily mora em Pojuca, e, há sete dias, disputou e ganhou a corrida da Record, em Salvador. “Enfrentei as 15 horas de viagem para vir à Corrida do Algodão. Meu objetivo era chegar entre as três, já que estava muito cansada. Chegando em segundo lugar, estou muito feliz. A organização está de parabéns e o suporte foi excelente. Por isso, espero estar aqui mais vezes”, afirmou.

Gleison da Silva Santos ficou em primeiro lugar na categoria Masculino 5KM na Corrida do Algodão. Ele saiu de Garanhuns, em Pernambuco, para disputar o título.  “Foi muito bom participar dessa corrida. Venho me preparando a cada dia para ter melhores resultados. Sou campeão brasileiro de três mil metros com obstáculos esse ano. Saber que cheguei, corri e bati o recorde da prova é muito gratificante para mim. Estou muito feliz. A organização está de parabéns pelo evento, espero que ele aconteça por muitos anos e sempre crescendo. No ano que vem, estarei aqui novamente”, anuncia.

Inclusivo

“O algodão é a fibra têxtil mais democrática que existe, assim como a corrida é o esporte que está ao alcance de todos. A cada edição, me emociono com a Corrida do Algodão, mas nesta, a emoção veio em dobro, carregada de significado e sentimento, porque ficamos dois anos sem nos abraçar. Vimos pessoas queridas adoecerem e, hoje, celebramos aqui a saúde e a possibilidade de estarmos juntos, numa saudável e alegre aglomeração”, afirma a vice-presidente da Abapa, Alessandra Zanotto, que coordena a prova desde a primeira edição.

A vontade de correr e se superar, para muitos dos competidores, é mais que uma batalha entre a própria capacidade física e o cronômetro, e, nesta disputa, o pódio nem sempre é o mais importante. Foi o caso do professor de artes marciais, Flávio Vidal Muniz, que completou a prova na categoria PcD. Por conta de um acidente, há alguns anos, ele perdeu a perna e o braço esquerdo. Com prótese na perna e correndo com muletas, Flávio completou a prova e chegou em último lugar na sua categoria, levando o público às lágrimas. O professor tem um projeto social e ensina a sua arte a pessoas que não poderiam pagar por uma academia, em Luís Eduardo Magalhães.

 Tiago Henrique Souza Santos, de 30 anos, também competiu na categoria PCD. Esta foi a sua segunda experiência com a prova. Na primeira, em 2019, ele ficou em antepenúltimo. Agora, em 2022, faturou o primeiro lugar. A vitória o deixou com ainda mais vontade de vencer os desafios. Ele quer participar, inclusive, em outras modalidades. “Tive um resultado muito diferente entre essa corrida e a última. A sensação é de superação, mais uma vez, porque sai de antepenúltimo para primeiro lugar. É sensacional. A alegria que sinto por dentro é diferente, não sei explicar. Não sei nem como comemorar. Agradeço a Deus, e aproveito para parabenizar a organização, esse evento foi muito bom”, comemorou.

“Organizar um evento deste porte, para nós que somos produtores rurais profissionais na atividade, mas amadores em organização de eventos esportivos, é uma grande vitória. Melhor ainda está sendo o feedback que estamos recebendo do público e das empresas sobre a qualidade do evento. A Corrida do Algodão movimenta a comunidade e cumpre a sua missão de encurtar distâncias entre a produção agrícola e a sociedade”, diz Alessandra Zanotto, ressaltando todos os cuidados para a segurança e conforto dos atletas e do público.

Confira os resultados da Corrida do Algodão 2022:

https://www.oestechip.com.br/resultado/Corrida-do-Algodao-2022

Fonte: Abapa

Oferecimento:

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856