Produtores do grão relatam problemas de equipamentos queimados e falta de equipe para reparar danos no sistema
Produtor em Santa Vitória do Palmar, Marcio Silveira relata que a situação é crítica, pois falta luz e há a demora do restabelecimento devido a falta de equipes. \”As redes de distribuição internas estão em péssimas condições de conservação. Temos visto que existem vários postes queimados, travessas queimadas, equipamentos reguladores de tensão estragados e bancos capacitores desligados\”, explica.
Silveira destaca que a situação complica mais ainda porque não há como manter o nível de água nas lavouras, o que prejudica as plantas. \”As plantações estão com grandes dificuldades de manter o nível da água e muitos produtorea acabam tendo prejudicados também os manejos de herbicidas e fertilizantes nitrogenados, pois com esta situação não estão conseguindo encher a lavoura\”, observa.
Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, além do Brasil possuir uma tarifa consideravelmente superior aos demais competidores, há o agravante da bandeira vermelha, além do detalhe da qualidade do serviço entregue ao consumidor. \”Inexiste manutenção preventiva nas redes de distribuição da concessionária CEEE e sequer equipes para atendimento na zona rural\”, ressalta.
Dornelles enfatiza que os produtores de arroz, além de todas as desvantagens tributárias, que oneram diretamente a produção, precisam conviver com uma entrega deficiente de energia elétrica que exige maiores manutenções pela queima de equipamentos e manejo inadequado de fertilizantes, como ureia e herbicida, inclusive com a necessidade de aplicações adicionais.