REPORTER MIRIAM HERMES
FOTOS MIRIAM HERMES
Dar a volta ao mundo em um skate, adaptado para esta aventura. Esta a meta do carioca Marcelo Gervásio Silva, 53 anos, que está de passagem por Barreiras a caminho de Brasília (DF), de onde seguira até o Chile. De acordo com seu projeto, a última parada, em 2018, será a Rússia no período da Copa do Mundo.
Como os skates comuns, o veículo é movido pela propulsão humana e foi projetado pelo próprio Marcelo, que iniciou efetivamente a jornada em 2009, da cidade de Formosa (GO). “Esse projeto é uma homenagem ao meu pai (falecido em 2004), minha inspiração. Pois ele despertou em mim a paixão pela aventura e o desejo de conhecer novos lugares”, revelou.
Nesta passagem por Barreiras, a segunda desde o início da aventura, já são 47 mil quilômetros percorridos em 28 países. “Conheci lugares inimagináveis e pessoas muito legais. Estou correndo atrás de um sonho”, disse, enfatizando que mesmo possuindo uma fonte de renda mensal, “a maior dificuldade é monetária, porque acontecem imprevistos, mesmo que esteja tudo muito bem planejado”.
Um estudo minucioso foi elaborado antes dele se lançar no mundo, com pesquisa de rotas, línguas e costumes dos lugares que já percorreu e os futuros, pensando também em detalhes como previsões climáticas e situação política dos Países contemplados pelo seu traçado.
Com rodas reforçadas para enfrentar estradas de asfalto, de chão e até a neve, o skate que Marcelo criou tem um modelo com frente aerodinâmica, que lembra a dianteira de um carro de corrida, e, atrás do ponto de apoio para os pés, um pequeno bagageiro, onde leva parte do seu material de viagem. Em cima deste compartimento, tem uma placa solar que vai alimentando sua aparelhagem de energia.
Feito de material acrílico (o mesmo usado em pranchas de surf), o veículo conta com alguns equipamentos indispensáveis para registro da viagem, como um aparelho de GPS do Guinness Book, que comprovará ao final desta jornada, que o brasileiro foi o primeiro a dar a volta ao mundo em um skate.
O trecho entre o Chile e Nova Zelândia será de avião, entretanto, ele explica que apenas sai do chão em lugares em que não há outra opção. Mas, daqui até chegar no Oceano Pacífico, enquanto enfrentará as estradas do Brasil e demais países deste continente, Marcelo se prepara para falar algumas palavras de Russo e já se preocupa com o Mandarim que vai precisar quando estiver na China.
Além de português, por enquanto ele fala outras cinco línguas. “Domino pelo menos o mínimo para me comunicar com as pessoas”, destacou. Sobre documentários ou outros meios de dividir a experiência vivida, pode ser algo a ser pensado a partir de 2018, quando pretende concluir este projeto que ao todo tem nove anos de estrada.
FALTA ESPORTE
Marcelo Silva começou a andar de skate aos três anos e desde a infância e juventude foi um praticante de esportes, dentre eles o surf. “Percebo que na maioria das cidades brasileiras faltam espaços adequados para as pessoas, especialmente crianças e adolescentes, praticarem esportes”, disse , afirmando ainda que “o engajamento em algum esporte pode mudar a vida de alguém”.
Moradora de Barreiras há cerca de 10 anos, Joyce Nazario, que veio de São Paulo e sempre gostou de andar de skate, reclama que na cidade faltam lugares. “Com investimentos mínimos em infraestrutura para skatistas e outros esportes, é possível transformar o futuro de uma geração. Acho que falta apoio por parte dos governantes”, enfatizou.
Na cidade Marcelo conta com patrocínio da Pousada Rancho Verde e da MIKOTTO skate Street. Entre outros apoiadores que encontra pelos caminhos, ele ressaltou o substancial amparo da Companhia 4i20, principalmente na viagem à África.
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