06 nov de 2017
Brasil – Agricultura – O brasileiro não tem memória?

Há uma frase muito usada em nosso país de que o “brasileiro não tem memória”. Eu diria que não é na sua totalidade, mas um expressivo contingente de pessoas é assim mesmo, e eu diria mais: “não tem memória nem gratidão”.

 

De outro lado são repetidas as afirmações de que políticos, dirigentes públicos, que perdem a caneta, perdem os amigos. Os amigos dos cargos. Tudo isso tem uma boa dose de verdade. Brasileiro não tem memória porque quando determinada liderança se afasta da atividade, quer política, quer associativa ou comunitária, pouca gente se lembra do que ela fez de bom para o grupo que representou; e quando um dirigente deixa o poder, poucos lembram que quando no exercício da função contribuiu para o sucesso ou realização da atividade que desenvolvia. Essa é a nossa realidade. Feliz do líder que entende isso e não se ilude com cargos temporários.

 

Mas nem tudo está perdido. Vez por outra, aparece alguém que se lembra do reconhecimento dos bons trabalhos ou da liderança positiva. O exemplo da última semana foi a iniciativa do deputado Natalino Lázare, presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa de SC. Por sua iniciativa aquele poder homenageou o líder cooperativista e do agronegócio, Odacir Zonta.

 

Fora da política há mais de quatro anos, Zonta foi um baluarte do cooperativismo e do agronegócio em SC e no país. Desde sua primeira atividade pública como vice-prefeito e depois prefeito de Ipumirim, passando pela presidência da Copérdia por 17 anos, onde fez uma transformação estratégica para o desenvolvimento daquela cooperativa, – que até muitas pessoas que lá estão hoje, não vivenciaram – passou pela Prefeitura de Concórdia, duas vezes deputado estadual, duas vezes secretário de Estado da Agricultura, e duas vezes deputado federal, contribuiu sobremaneira para conquistas importantes para o agronegócio e o cooperativismo em SC. Muitos foram os projetos liderados e persistidos pelo Zonta, e as pessoas corretas sabem disso.

 

Mas por estar fora da política, parece que poucos se lembram dele. O que é pior: muitas vezes ficam destacando eventuais falhas do ser humano em detrimento dos pontos positivos. Opções partidárias, ou descontentamento por não ter conseguido o que se pretendiam particularmente, algumas pessoas passaram apenas criticar e não reconhecer o que teve de bom. É lamentável que isso tenha ocorrido ao ponto de não viabilizar sua reeleição à Câmara Federal. Hoje muitos reconhecem que quem está perdendo é o cooperativismo e o agronegócio.

 

Felizmente o deputado Natalino Lázare, que, diga-se de passagem, nem é no meio rural, como homem público soube reconhecer, propondo a concessão do Título de Cidadão Catarinense a Odacir Zonta, como símbolo de agradecimento pelo seu empenho e desempenho em prol do agronegócio e do cooperativismo de SC. Homenagem justa e merecida. O que se espera é que aqueles que o ignoram hoje, não sejam a mesma vítima de amanhã. Pense nisso.

 

Fonte: Fecoagro

 

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