14 dez de 2017
Brasil – Agricultura – Vírus do mosaico de milho amarelo presente no Brasil e no Equador

Em três anos o vírus foi registrado nos dois países

 

O milho é um dos grãos mais produzidos no Brasil, na safra 2015/2016, a produção nacional alcançou a marca de 66.530,6 toneladas e a estimativa para 2016/2017 chega a 97.712,0 toneladas. Muito utilizado na alimentação humana e animal, este importante componente do agronegócio brasileiro é constantemente acompanhado e melhorado com a finalidade de que as perdas sejam diminuídas ao longo da produção.

 

Em maio de 2013, plantas de milho com manchas amareladas foram observadas em um campo da cidade de Casa Branca – SP e, então foram coletadas para análises moleculares a fim de identificar o agente causador dos sintomas. Os materiais genéticos revelaram semelhança de 92 a 93% do material com o Maize yellow mosaic virus (MaYMV), sendo, este então denominado MaYMV-SP1.

 

Novas amostras colhidas em 2017, também em Casa Branca, porém em outro campo de milho, confirmaram a infecção pelo vírus MaYMV-SP1 e estudos complementares mostraram que os isolados brasileiros MaYMV-SP1 têm semelhança com os vírus MaYMV e Maize yellow dwarf virus (RMV2) identificados na China, além de 75% de similaridade com o RMV encontrado nos Estados Unidos.

 

Este é o primeiro registro do vírus do mosaico amarelo de milho infectando a planta no Brasil, portanto, mais estudos são necessários para que se tenha a visão correta do risco desta nova ocorrência no país que é grande produtor de milho. Como exemplo de perdas causadas pelo MaYMV, temos que, em maio de 2016, o vírus foi identificado no Equador, provocando clorose e curvatura foliar em Los Rios, onde as estimativas apontam para perdas de 10 a 30% no campo. O vírus do Equador demonstrou similaridade com o isolado chinês e também com o Sugarcane mosaic virus (SCMV), praga quarentenária ausente para o Brasil.

 

O vírus do mosaico amarelo de milho foi descrito pela primeira na China e logo depois foi detectado também em Burkina Faso; até o momento foi possível observar infecções isoladas e mistas com outros vírus como o SCMV, que também precisam ser melhor investigadas. A aplicação de estudos aprofundados é fundamental para que se entenda melhor as ações do vírus na planta e como combatê-lo reduzindo as perdas no país.

Para saber mais:

Gonçalves et al. (2017)

Bernreiter et al. (2017)

Fonte: DefesaVegetal.net

 

Fonte: Mais Soja

 

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