03 nov de 2017
Brasil – Agropecuária – Tempo ruim para pecuária

A pecuária de leite em Santa Catarina está passando por um período difícil: o produtor rural amarga seis meses de preços em queda. Essa situação é causada pela redução generalizada de consumo de leite e de todas as linhas de produtos lácteos industrializados pelas famílias brasileiras.

 

Essa situação foi dimensionada neste mês pelo Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite/SC), que esteve reunido em Florianópolis para definir os valores de referência para o mês.

De acordo com projeção do Conselho, o leite entregue em outubro a ser pago em novembro pelos laticínios terá uma redução de 2,5% nos valores de referência, o que equivale a 2 centavos a menos por litro.

 

Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão R$ 1,0509/litro; leite padrão R$ 0,9138 e abaixo do padrão R$ 0,8307. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.

“Nunca o Brasil consumiu tão pouco leite”, lamenta o vice-presidente do Conseleite/SC e vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), Adelar Maximiliano Zimmer.

A queda no consumo está na raiz da crise como reflexo indesejável do desemprego que recuou, mas, ainda atinge 12 milhões de famílias. O resultado é inevitável: os preços pagos pelos laticínios na compra da matéria-prima dos produtores rurais vão se achatando.

 

O movimento de queda no preço do leite recebido por produtores, neste ano iniciado precocemente em maio, segue o mesmo ritmo em outubro. O recuo na cotação do leite no campo continua ocorrendo em razão da demanda enfraquecida por lácteos na ponta final da cadeia produtiva.

Zimmer alertou que a queda esse mês foi geral. “Houve redução em derivados e também no leite em pó. Isso nos preocupa. Os valores estão se comparando aos de 2013 quando foram registrados pela última vez os menores valores praticados. Uma das opções que poderia amenizar a situação seria a compra do excedente de leite por parte do governo”.

 

Santa Catarina é o quarto produtor nacional. O Estado gera 2,9 bilhões de litros ao ano. Praticamente todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O Oeste catarinense responde por 75% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 8,3 milhões de litros/dia, mas, a capacidade industrial está estruturada para processar até 10 milhões de litros de leite/dia.

Fonte: MB Comunicação

 

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